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Nas histórias em quadrinhos os famosos vilões são o Lex Luthor, do Superman e o clássico Coringa, do Batman. Já nos desenhos animados podemos citar piu-piu e frajola, pápa léguas e coyote. No cinema, Darth Vader e Hannibal Lecter. Já no esporte, arquirrivais declarados são Corinthians e Palmeiras, Fla X Flu e por aí vai. Mas... e do vinho? Quem se atreve a ser inimigo do vinho? Vamos ver:

 

É muito comum alguns amigos me falarem assim: - “Outro dia bebi um vinho altamente recomendado e não estava bom!” ou então: - “nossa, você disse que tal vinho é bom, mas acho que estava estragado!” ou pior ainda “paguei uma fortuna naquele vinho e estava azedo!”.

 

Azedo?! Estragado?! Calma gente, primeiro procure saber se não é a sua boca que estava condenada. Afinal, muitas vezes o sujeito acabou de escovar o dente e ingere uma dose de malbec “guela abaixo” e quer que o vinho ofereça notas do quê? Fluor, talvez! Mas o fato é que muitas vezes são os alimentos que estão sendo ingeridos que não são muito bem quistos pelo vinho. Vejamos alguns exemplos clássicos:

 

ALCACHOFRAS – na alcachofra tem cinarina, uma substância ligeiramente amarga que deixa a boca com um gosto metálico quando ingerido vinho seco. No entanto, os espumantes do tipo demi-sec ou moscatel são sempre uma boa alternativa para contrapor com esse amargo da alcachofra.

 

FRUTAS CÍTRICAS – você não pensa em harmonizar um cabernet com abacaxi não é? Depois não vai colocar a culpa no vinho hein! Pois, quanto maior a acidez da fruta, mais difícil a sua relação amorosa com os vinhos. Por isso, os vinhos do tipo “late harvest” (colheita tardia) ou espumante Asti (doce) serão ótimos companheiros.

 

VERDURAS E HORTALIÇAS – aspargo, espinafre, rúcula, radicchio, folha de mostarda e endívia são exemplos de verduras com um gosto amargo que só são suavizadas quando misturado com ingredientes neutros. Ora, o sujeito faz um prato de aspargos com rúcula e pede um tannat?! Neste caso opte por um vinho com boa acidez, como os brancos da uva Sauvignon Blanc ou Riesling.

 

CONDIMENTOS FORTES E PICANTES – deixam as papilas adormecidas aos sabores que o vinho pode proporcionar. Neste caso, um elegante Pinot Noir poderá ser atropelado! E aqui sim entram os vinhos potentes e encorpados, com notas de pimenta, como os da uva Cabernet Sauvignon, Carmenere  ou Tannat.

 

CHOCOLATE – seu caráter doce e gorduroso é capaz de adormecer as papilas gustativas, não deixando chances para que o vinho provoque qualquer tipo de sensação. Por isso, os mais indicados para essa harmonização são os vinhos fortificados, de preferência os vinhos do Porto.

 

É isso. Mas como disse Sun Tzu na obra “A arte da Guerra”: “...a melhor formar de derrotar seus inimigos.. é fazê-los seus amigos”. Por isso, quanto aos vilões acima citados, basta procurarmos harmonizar o vinho que mais se encaixa aos acompanhamentos e os façam felizes  para sempre! Saúde!

                                                           

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