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Quais os tipos de carnes combinam melhor com quais tipos de uvas tintas? Pois bem, vamos tentar nos aprofundarmos um pouco mais no assunto. Vejamos:

 

Vale lembrar que a carne vermelha, e de preferência mal passada, pedirá além da acidez, o tanino, encontrado nos vinhos tintos, que dará uma sensação de adstringência na boca, que somada com a salivação oferecida pela acidez, casará perfeitamente com a textura, gordura e sabores da carne grelhada.

 

Além disso, a percepção do tanino é atestada pelas características presentes na carne, causando o aumento dos sabores amargos e da sensação de acidez, bem como redução da sensação doce na boca, contrastando, assim, perfeitamente com as carnes de churrasco.

 

Vale dizer que o processo de grelhagem da carne, carameliza a sua gordura e lhe confere um sabor defumado, transferindo, contudo, a responsabilidade para um vinho tinto de preferência com passagem em carvalho, isto é, cheio de potência, estrutura, tânico, com notas de especiarias, tabaco, defumado e frutas negras.

 

 Frisa-se ainda que, além dos quatro gostos percebidos pela nossa língua, quais sejam: doce, salgado, amargo e ácido, existe um quinto elemento, o UNAMI, cuja tendência é potencializar o amargor percebido no vinho.

 

Mas daí surge a tradicional dúvida: - e as carnes que também são ricas em Unami, não causariam uma discussão nesta relação considerada perfeita? - Não! Porque daí entra um ingrediente indispensável no churrasco que reconcilia essa união, o sal, que, usado de forma adequada, aumenta a percepção dos sabores do vinho e da carne, inibindo a sensação de amargor e limitando totalmente o efeito do Unami. Deu pra convencer agora?

 

Por final, vamos dar algumas dicas de cortes junto com algumas variedades de uvas para tentarmos deixar o seu “churrasVinho” ainda melhor, lembrando que são apenas dicas, até porque independentemente de qual o corte ou qual a uva ou região, o mais importante é o casamento da carne com o vinho tinto, vejamos:

 

- KOBE BEEF: Do novo mundo entra um Tannat uruguaio de primeira, de cor quase preta, estruturado, com muita madeira e potência; no velho mundo vai de Bordeaux com o tradicional corte bordalês de cabernet sauvignon, cabernet franc e merlot;

 

BIFE ANCHO: Ah! Nessa vai bem um “malbecão” argentino daqueles de encher a boca, cheio de frutas negras e vermelhas, com taninos em equilíbrio e um toque de café; ou então experimente com os tempranillos da Ribera del Duero;

 

- PRIME RIB: aqui eu optaria por um Shiraz australiano ou então um Rhône com o corte tradicional de Grenache, Syrah e Mourvedre, sempre vivos, equilibrados, cheios de aromas e sabores;

 

PICANHA: vai bem um Merlot ou Carmenere do novo mundo, uma vez que são mais temperamentais, jovens, frutados e com toques de especiarias, ou ainda os estruturados do Douro serão sucesso garantido;

 

- CARRÉ DE CORDEIRO: aqui eu gosto dos tintos californianos elaborados com Cabernet Sauvignon, estruturados, com toque de eucalipto ou então um Chateauneuf du Pape vai beeem também.

 

Bom, nada impede de você iniciar ou continuar o seu churrasco com uma bela cerveja, mas, insisto, não deixem de experimentar carnes de churrasco com vinho tinto. Você não sabe o que está perdendo!

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